A representação portuguesa no evento de Frankfurt procura oportunidades de negócio. Hoje, Tony Iommi, guitarrista dos Black Sabbath, passa por lá. A BLITZ está presente em reportagem.
Logo no avião que saiu pela madrugada de Lisboa em direcção a Frankfurt deu para perceber que muitos profissionais portugueses continuam a não dispensar a peregrinação anual à Musikmesse, feira internacional do setor da música. Representantes nacionais de marcas como a Sennheiser, Magma, Akai ou Pioneer não dispensam contactos com as casas mãe e o sentir do pulso da indústria neste evento anual que está a atravessar grandes transformações.
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Procuram-se oportunidades de negócio, mas também saídas para a crise que ditou, por exemplo, o fecho de uma loja de equipamento de DJ como a Mk2, em Lisboa. José Miguel, responsável por esse espaço comercial entretanto desaparecido, distribui atualmente marcas como a Magma ou Ortofon e confessa-se entusiasmado em relação ao futuro. Já Nuno Mesquita, distribuidor de marcas como Akai ou Ableton e lojista - é o responsável pela Plastic Sounds, em Coimbra - explica mesmo que está em contra-ciclo e que abriu um novo espaço comercial no Porto que aposta na força deste mercado, mais ligado à música electrónica e ao universo dos DJs. No gigantesco espaço do Musikmesse há lugar para alguns stands portugueses: a APC Instrumentos Musicais, de Celeirós, a Artimúsica, de Braga, o Atelier Vision Europe, do Porto, a Jocavi, de Sintra, ou a Novagi, de Canelas, entre vários outros nomes presentes nesta embaixada portuguesa de 11 empresas, apostam na exportação de instrumentos ou de painéis acústicos, procurando mercados para lá das fronteiras nacionais. Aposta certa, porque o Musikmesse é mesmo o sítio estratégico para se expandirem negócios: sente-se, por exemplo, a força da representação asiática e em quase todos os stands onde há reuniões a decorrer percebe-se que há esforços concretos a decorrerem para expandir mercados para a China e outros gigantes do Extremo Oriente. Hoje, claro, é dia grande na feira com a anunciada e antecipada presença de Tony Iommi a dominar o calendário. O Padrinho do Heavy Metal, como é apresentado, deverá atrair largas centenas de visitantes ao espaço ocupado pelos stands da Laney e da Epiphone. Simon Phillips, baterista que tocou com toda a gente, dos Toto ao Michael Schenker Group, é outra das estrelas presentes no dia de hoje e estará a assinar autógrafos no stand da Zildjian. A Ortofon e a Reloop também se juntam à festa com uma sessão de "Open Turntables", ou seja oportunidade de ouro para DJs anónimos brilharem perante uma ruidosa plateia e levarem apetecíveis prémios para casa. A verdade é que para qualquer sítio que se dirija a atenção há uma qualquer animação a decorrer. O futuro também se sente na presença notória de algumas reputadas instituições de ensino, como a popular SAE ou o Abbey Road Institute, escolas que formam os engenheiros de som e produtores do futuro e que não dispensam a presença nestes eventos. No stand da SAE, um responsável adianta à reportagem da BLITZ que a instituição espera crescer "significativamente" em 2016 e confirma que muitos dos inscritos chegam da China ou de economias emergentes em África: "agora sim é que o mercado é realmente global", explica o representante da SAE, instituição a que muitos alunos portugueses também recorrem. O Musikmesse é uma verdadeira Torre de Babel e mais um sinal das transformações profundas que a indústria musical atravessa. O mercado é hoje, e talvez pela primeira vez, verdadeiramente global, com o tradicional eixo Europa-Estados Unidos da América a ver-se agora superado pela emergência da Ásia, África e América do Sul como mercados apetecíveis para quem fabrica e vende as ferramentas com que se faz a música. E Portugal também está na jogada. Texto: Rui Miguel Abreu, em Frankfurt.
Até ao próximo sábado, Frankfurt é um dos centros do mundo no que à música diz respeito. Centenas de expositores e milhares de visitantes profissionais de todo o mundo reúnem-se para a apresentação das novidades de instrumentos e equipamentos diversos necessários para fazer música.