









Parquet Courts no NOS Primavera Sound: Segura-te, Rosa, que hoje ainda vamos saltar
10.06.2016 às 1h45
Depois dos espasmos épicos made in Islândia, o antídoto: punk (e não só) do bom ali mesmo ao lado. De Brooklyn, Nova Iorque, com todo o fervor. (imagens em breve)
Deu logo para perceber: os Parquet Courts encetaram o seu concerto no palco Super Bock do NOS Primavera Sound com fogo no rabo e o que se ouviu, a partir daí, foi uma sequência imparável de comprimidos punk, garage, art-rock, com o final dos anos 70 bem presentes e uma saudável tendência para a misturada.
Com cinco álbuns na bagagem de mão, o quarteto ocupa o palco em triângulo: bateria atrás, linha de guitarras e baixo à frente. O trio da frente reveza-se nas vozes, os apetites musicais alternam-se: ora se ouve pós-punk angular (“Dust”, “Bodies Made Of” ), arranques “velvetianos” (“One Man No Cirty), ou art-punk melodioso à Wire (“Human Performance”), provavelmente a referência mais palpável que se lhes cola.
O mosh e o crowd surfing são armas ao dispor dos mais devotos, outros – mais cá para trás – recauchutam as capas do Primavera 2012, que a chuva caiu certinha e bem molhada ao longo de quase todo o concerto. Sem interrupções e um firme propósito de espalhar brasa, os nova-iorquinos foram os primeiros a acender fogo na edição 2016 do festival do Porto.
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